quarta-feira, 6 de junho de 2018

Nossa querida propaganda está se aposentando?



Os novos desafios e rumos da publicidade são igualmente empolgantes como as décadas passadas, o problema é que esse novo cenário infelizmente parece não necessitar da mesma base de antigamente, mas e as agências, e os profissionais criativos?

O novo mundo, digital e incrivelmente instantâneo, chegou chegando. A sensação é de que realmente ninguém estava preparado. Li há algum tempo o Pyr Marcondes dizendo que “as agências de propaganda dificilmente serão o que foram até hoje.” O que realmente incomoda não é o fato dessa evolução tecnológica trazer novos formatos publicitários, como o story no Instagram, e sim a dura realidade que no final das contas, ao que percebo, a equipe vai diminuindo a cada job. Isso mesmo! Onde se tinha 20, hoje tem 5 e assim por diante. Difícil, não? Sem contar os salários cada vez mais reduzidos. Estamos sendo substituídos por robôs, é isso? Quase isso, quantos anunciantes largaram a TV, o rádio e o profissional de mídia para entregar sua campanha ao ‘algoritmo’ do Facebook?

Então, o que vai acontecer com os publicitários? Vamos todos virar social media? A maioria vai trabalhar ‘home-office’ fazendo freela, empreendendo, vivendo um mês no céu e outro no inferno, enquanto uma minoria vai viver inovando com as novas plataformas em agências que se modernizam, mas pagam cada vez menos? É hora de mudar de profissão? (Bom, muitos estão seguindo esta última opção).

Em Belém, a publicitária Melissa Barra teceu um texto meio que de protesto e com pitadas de realidade no grupo de Whatsapp dos criativos do Pará (CCPA) que esfrega na cara o que nós vivemos hoje. “Meus amigos, venho aqui vos dizer que depois da minha vigésima terceira tentativa frustrada em conseguir um emprego, eu estou definitivamente enterrando minha longa vida de comunicóloga. O tempo é algo destrutivo, a experiência de mais de 20 anos e trabalhar em diversas plataformas, seja ela pública ou privada, não servem mais para eu pleitear uma vaga onde quer que seja. Aos 42 anos desisto com a imensa dor no peito e frustração. Fiquem bem e sucesso a todos”.

Melissa Barra
E aí criativo, qual a sua opinião?

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